segunda-feira, 18 de julho de 2011

O último fio de esperança

O que é um fio para você? As vezes um fio parace quase nada, uma fina e quase imperceptível barreira talvez. Um fio.Nas mão de um cirurgião fio torna-se importante arma no embate entre a vida e a morte, ou meramente um desfecho feliz de uma incisão. Um fio. Ás vezes quando olhamos nossas roupas um fio não parece fazer falta, mas bem naquele dia da super festa um fio, um único e tão somente fio poderia estar ali ainda segurando aquele botão que caira e você não havia percebido. É somente um fio.
O fio se transporta ao mundo das metáforas para justificar a linha efêmera entre a vida e a morte, que por um fio acabou-se escanpado dela. Mas quando o assunto é esperança, fé, um fio torna-se grandioso, pois enquanto há um fio de esperança não podemos nos dar por vencidos, jamais. O pouco nesse caso torna-se muito e real.
Na vida por vária situações rezamos para que esse último fio não se rompa e pelo contrário que aumente mais e mais tornando-se novamente em tecido, para que possamos ainda utilizá-lo. Ah esse fio!! Esse fio é capaz de levarmos a brotar energia de onde não havia mais lágrimas e transbordar em estímulo para vivermos e buscarmos os sonhos.
Um fio. Parece pouco mas um fio. É tudo do qual necessito nesse momento.

Doo Venerando 18/07/2011.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Complicado

É complicado saber realmente quando agirmos certo, se o caminho escolhido foi o ideal ou se a nossa reação sobre a ação foi devida, não sei. Acho que muitos gostariam de poder pausar a cena e ver de fora, como um telespectador ou melhor ainda no bom e velho estilo do você decide da globo, saber realmente o que fazer.
Passar a vida também analisando tudo e todos é como viver 24 horas trabalhando, pois não se vive e nem se sente somente observando as pessoas, há séria necessidade de sentir e viver, e sentir e viver é não pensar, e não pensar às vezes pode nos causar atrapalhos. Então como calcular cada medida do pensar e sentir, ser ou apenas existir? Taí a dúvida do século, senão uma das maiores dúvidas da humanidade.
Eu acho que preciso viver mais, sentir mais, deixar o pensar pra quem realmente necessite dele, porém, falta-me a base firme, ou quem sabe o pé de apoio certeiro para isso, ainda me sinto pisando hora em ovos, hora em cacos de vidro e sei que necessito urgente de sentir chão firme ou até mesma a areia fofa. Preciso.
Procuro ainda no pensar uma maneira de não pensar, isso sim é complicado.

DoO Venerando, 28/06/2010 23h58

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Mudanças

Mudança, às vezes um jeito duro de melhorar as coisas.
Faço agora a mais profunda auto-reflexão da minha vida, sinto que coisas novas hão de surgir. Preciso disso, eu sei.
Mas como? Essa é a meta, como. Como mudar uma situação que machuca, porém não era para machucar? Como tirar coisas que atrapalham, que maltratam o se é, ou pelo menos tenta ser.
Sinto a famosa dor surda, não se sabe aonde e nem como é, só sinto. E como me dói.
As palavras servem de refúgio, não que alguém as lerá, porém se às ler o que mudará?
Sinto uma angústia desenfreada em meu coração, mas não consigo arrancá-la, nem destruí-la. Queria eu meu Deus saber o porque de tudo isso, queria eu saber.
Se ao menos eu conseguisse explicar pra alguém o que se passa talvez conseguiria dar algum sentido nos meus pensamentos. Ajuda, sim sei que preciso de ajuda, mas mesmo assim hesito em pedir. Não.
Muitas vezes usei desse blog, que serve apenas para mim, como muro das lamentações para meus sentimentos, meu psicólogo, meu apoio. Meu outdoor para um mundo só meu.
O que posso fazer para mudar, o que fazer para entender, o que?
Não sei se é errado o que faço ou foi alguém que errou. só sei que não acho as respostas que preciso.
Vou procurá-las, vou procurá-las.
Mudança, há de vir.
Doo Venerando

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Procurando respostas..

Queria por um dia ter a paciência de um monge budista, para conseguir ao menos refletir sobre o eu, o cosmo, sobre a vida como um todo. Será que realmente é possível tal reflexão, sem a ligação carnal, sem a influência real do ambiente, do cotidiano? Gostaria de adquirir tal habilidade.
Nessa correria na qual construimos nossas vidas, tendo que as vezes degladiar com o destino na intenção de que guiemos o rumo das coisas.
É engraçado como coisas simples às vezes tornam-se complexas, o pior que depois de tantas situações difíceis, ainda apanhamos nas fáceis: Como conter nossa imensa capacidade de fazer escolhas erradas.
-Querida pensei que esse era o melhor! - Ah, na hora parecia legal!, frases como essa definitivamente não ajudam em nada consertar as escolhas erradas. Realmente esse dilema não escolhe raça, credo nem situação econômica, cagadas sempre acontecem (como diria o lendário Forest Gump).
Ainda sigo a seguinte linha de raciocínio: Depois de tantas cagadas você poderá começar a acertar, pois uma vez esgotadas as possibilidades só nos resta a de acertar. Contudo, todavia, entretanto a famosa e mais atuante lei da natureza a do dignísssimo Murphy ( do qual um dia se eu descobrir quem realmente foi esse cabra farei o favor de acertá-lo) é tão sublime que não há tanta merda feita que não pode piorar.
Ai olho pro mundo, aquele longe de meu digníssimo umbigo e fecho todos culpando todos pelas desgraças que ocorrem ( e pode crer 2010 o ano da merda), ao mesmo tempo que culpam a natureza, vejo a tudo isso e penso: será que nunca mesmo vamos parar e conseguir ver a merda antes de ser feita?Difícil...
Um dia garanto que se descobrir métodos de evitar o choro pelo leite já derramado, juro que nem vendo, eu juro que ensino a todos, pois assim vamos evitar coletivamente merdas ocorrerem.
Pense nisso.

Doo Venerando - 29-01-2010..

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Para refrescar os pensamentos... Vinícius

O mais-que-perfeito


Ah, quem me dera ir-me
Contigo agora
Para um horizonte firme
(Comum, embora...)
Ah, quem me dera ir-me!

Ah, quem me dera amar-te
Sem mais ciúmes
De alguém em algum lugar
Que não presumes...
Ah, quem me dera amar-te!

Ah, quem me dera ver-te
Sempre a meu lado
Sem precisar dizer-te
Jamais: cuidado...
Ah, quem me dera ver-te!

Ah, quem me dera ter-te
Como um lugar
Plantado num chão verde
Para eu morar-te
Morar-te até morrer-te...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Vemos, mas nem sempre enxergamos

Essa loucura do cotidiano sempre nos disvirtua em algum sentido, seja no caráter, nos princípios, aparência, em vários aspectos. Toda essa interferência mundana, ou como os pensadores chamam de "influência da sociedade no indivíduo" nos forma e transforma de acordo com as situações que nos ocorrem.
Um pai de família que luta todo dia, durante horas e ainda é obrigado a ver seus filhos passando fome no final do dia sofre e muito o peso dessas interferências. Se os próprios animais na natureza usam seus instintos para garantir a sobrevivência da prole, que dirá nós, meros animais racionais nessa cadeia de predadores.
Não, não encorajo que tomemos todos atitudes irracionais ou instintivas para garantir nossa sobrevivência, apenas digo que não são fatos isolados pessoas em atos desesperados surtarem e cometerem delitos.
Enfim, nesse contexto vemos que tudo em nossa volta influência nosso viver, mas até que ponto deixamos que isso nos atrapalhe ou até mesmo nos molde?
Vemos no dia-a-dia várias situações, boas ou ruins todas estão lá, por vezes não percebemos que elas nos moldam a maneira que ocorrem, deixamos de enxergar que tal situação não passa de mais um obstáculo corriqueiro, que com nossa própria vivência passaremos, sem absorver nada de novo.
A questão de que a vida nos ensina todos os dias nem sempre é verdadeira, uma vez que situações se repetem até um novo ciclo iniciar em nossa vida, enquanto isso não ocorre, estamos na velha e boa rotina. Aí está nosso problema não são as novas situações que nos modificam e sim a mesmice, ela sim, se não tomadas as devidas precauções, destrói e modifica nosso perfil.
Mas como fugir dessa roda viva??? Bom, responder isso seria algo mais profundo e não cabe a mim e a minha reflexão trilhar esse rumo.
Só acho que devemos enxergar esse fato: a mesmice, rotina, como quiserem chamar, não deve moldar nossa vivência e muito menos modificá-la, devemos contra ela utilizar nossos conhecimentos de vida para contorná-la. Enxergar vai muito além de ver ou apenas observar. Complicado.... mas tentar não nos custa, pois afinal arriscar já é uma maneira de sair da rotina.

DoO Venerando - 08/12/2009 - Pré prova final...

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Cansado.. e muito


Então, hoje, assim estou, cansado de fatos, medos, sentimentos e desejos que sempre me levaram do nada a lugar nenhum. Cansado de pessoas que não se cansam de me magoar. Cansado de gente que nunca vai se importar. Cansado de tipinhos que se acham tão valiosos que se sentem no direito de me deixar em uma sala de espera, aguardando o momento em que, enfim, resolverão de fato se entregar. Cansado de gente covarde. Cansado de agradar a gente que se revela tão desagradável. Cansado de gente que mente, que usa, que se sente, cansado de gente que não é gente. Cansado de me preservar, cansado de me entregar, cansado de morrer na praia, cansado de nadar no raso, preciso mergulhar fundo em um mar seguro, preciso saber quais cores tem no fundo do Oceano. Cansado de lutar para não me tornar um cínico. Cansado de me esforçar para não cansar de ser uma pessoa boa. Cansado de me sentir raridade em um mundo de pessoas tão pequenas e comuns. Cansado, MUITO cansado de tentar e tentar. Cansado de coisas das quais não se pode descansar. Só me resta enfrentar.

Cansado