quinta-feira, 30 de abril de 2009

Mundo velho sem porteira!

Vai mundão, vai com suas curvas e desafios. Vai. Seus obstáculos entortam os caminhos, mais quem é que sabe qual caminho melhor para seguir? Vai mundão!
Vai ver sou eu que não percebeu para onde corre esse rio ou vai ver que o rio não corra, que só sejam águas paradas, sejam apenas águas que meus olhos enxergam.
Será que esse mundo vai mesmo para algum lugar?
Outro dia vi um cabloco sentado em seu calcanhar, vendo a vida passar, calmo, sereno. Será esse o verdadeiro curso do rio, aquele que só se é visto por quem fica vendo a vida passar?
Mas vamos com calma companheiro, nem tudo nessa vida cabe somente num carro de boi. Cada pedra que carrego tem sim sua história e utilidade, ajeita a carga, quem sabe caberá?
Bom, ao fim do dia já se dá para ter uma noção do que fiz e farei, dá para sentir no cheiro do pé de laranja que não é preciso ter fruto para saber que ali nascerá laranjas, dá para saber pelo som das folhas a chuva fina que já chega.
Uma coisa eu digo: não sairás desse mundo sem cicatriz ou qualquer que seja o arranhão que tenhais, uma coisa eu digo: desse mundo não sairás sem.
Só rezo para que essa porteira nunca se feche, que sempre cheguem bois, amigos e família, assim quem sabe não ocupem todo espaço que a tristeza tenta roubar.
Ê mundão velho, que seja assim: sem porteira!